Ele havia completado 80 anos em 15 de agosto de 2018. Exatamente 1 mês e 3 dias depois, neste 17 de setembro de 2018, faleceu multiempresário João Batista Mariano Carneiro. Estava em São Paulo (SP), onde lutava contra problemas no coração.
Seus filhos Jane, Anne, Elaine, Juliana e João Batista Mariano Carneiro Filho (o "JB") fizeram no aniversário dos 80 anos o que já haviam realizado nos 70 anos do pai, quando, para uma bonita festa, vieram familiares e amigos mais íntimos, procedentes de diversos pontos do país -- São Paulo, Curitiba, Belém, Goiânia, Anápolis (GO), Carolina (MA), Rio de Janeiro e São Luís.
João Batista Mariano Carneiro contava mais de 50 anos em Imperatriz. Ele nasceu em Catalão, cidade goiana, de mais de 100 mil habitantes, conhecida como "Terra de Rios", "A Cidade das Flores" e "A Atenas de Goiás". Em 1967, como migrante e pioneiro, realizou seu primeiro investimento na "Princesa do Tocantins": inaugurou o Armazém Norte--Sul, à época situado frente à Rodovia BR-010 (Belém--Brasília), no meio do quarteirão entre as duas principais avenidas -- Getúlio Vargas e Dorgival Pinheiro de Sousa -- da progressista Imperatriz.
Poucos meses depois da inauguração, também vem para Imperatriz seu sócio, o imigrante Said Azis Saad, hoje com 86 anos, nascido na pequenina Kafron, vila do distrito de Tartous, na Síria. Depois de cinco anos, em 1972, a sociedade é desfeita e os sócios criam empreendimentos individuais, ambos referências no comércio atacadista: Said Aziz Saad com seu Armazém Asa Norte (que depois fechou) e João Batista Mariano Carneiro, que, em sociedade com seu irmão Orcece Mariano Carneiro, abriu as portas do Armazém Cruzeiro do Sul, no dia 29 de maio de 1972. A partir desses empreendimentos pioneiros, Imperatriz permaneceu durante anos como um dos mais importantes centros atacadistas de todo o Norte-Nordeste do País. O ano de instalação do Armazém Cruzeiro do Sul, 1972, foi também o ano de inauguração de outros empreendimentos pioneiros de Imperatriz e região, como o Armazém Paraíba e a Churrascaria Boi na Brasa, os três com 46 anos em plena atividade.
O sucesso nos negócios iniciais conduziu João Batista Mariano Carneiro para outros e diversificados empreendimentos: além do tradicional Armazém Cruzeiro do Sul (Jotabê Produtos Alimentícios e Transportes Ltda.), vieram, entre outros negócios, a Renovadora de Pneus Brasil Ltda, em Imperatriz, e a Renovadora de Pneus Cinco Estrelas Ltda. (mais conhecida como Renovadora de Pneus Cruzeiro do Sul, em Açailândia, ambas administradas pela filha e sócia Elaine Cortez Carneiro); a Fazenda Mangueira (próxima ao povoado Cachorro Sentado, na zona rural de Açailândia - MA); a GCS Patrimonial Ltda, "holding" das empresas não financeiras do Grupo.
Sempre consciencioso e exigente com a qualidade dos produtos e serviços sob sua responsabilidade, em novembro de 2014, quando o Ministério da Agricultura avaliava a safra recorde, acima dos 200 milhões de toneladas (2014/2015), João Batista era um dos produtores ouvidos em reportagem nacional sobre o assunto. À época, ele plantava mil hectares de milho no município de Imperatriz e explicava sobre qualidade e rentabilidade ao "site" MS Notícias, do Mato Grosso do Sul: "A vantagem é que ganhamos no frete, temos segurança e mantemos a qualidade do grão, além do custo mais acessível. Armazenar com qualidade e com menor custo já nos ajuda a fechar a conta".
O empresário também dedicou-se aos movimentos da categoria empresarial e foi diretor, inclusive vice-presidente, da Associação Comercial e Industrial de Imperatriz. Na gestão do presidente Francisco Neudson Claudino foi tesoureiro, integrando quadro de diretores como Francisco Santos Soares (o Franciscano) e José Coelho Batista.
Pelos serviços prestados a Imperatriz, a Câmara Municipal concedeu-lhe a Medalha do Mérito, justamente no ano de criação da honraria (2000). A Medalha do Mérito foi criada em homenagem ao político Manoel Gomes da Silva Belfort, o Barão de Coroatá, que, como presidente da Assembleia Provincial do Maranhão, assinou em 27 de agosto de 1856 a lei que criava a Vila Nova de Imperatriz.
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Conheci João Batista Mariano Carneiro, assim também seu irmão Orcece e seu sobrinho Joaquim, todos empreendedores em Imperatriz. Quando nos encontrávamos, João e eu conversávamos demoradamente. Ele tinha sido meu cliente quando eu era gestor em instituição financeira do Governo Federal voltada para o desenvolvimento regional.
João Batista tinha modos elegantes, mas também não dispensava boas risadas. Uma vez, não faz tanto tempo, encontramo-nos em um supermercado e, conversa vai conversa vem, quando ele passou pela seção de bebidas, disse poética e romanticamente: "Nada como tomar o vinho que se coloca como fio d'água sobre o corpo da mulher amada"... E riu, cheio de vida ante sua "receita" de "connaisseur" e enófilo.
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A todos da família do patriarca João Batista Mariano Carneiro, minhas condolências neste momento de luto, dor e saudades.
O Tempo, a Fé e a Solidariedade dos amigos e conhecidos os ajudarão a suportar e superar estes momentos que -- sabemos nós que perdemos entes familiares tão íntimos -- não são fáceis. Pêsames.
Para o João do Cruzeiro do Sul, sempre muito trabalhador, a hora de descansar chegou.
POR: EDMILSON SANCHES
edmilsonsanches@uol.com.br
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Fotos: 1) João Batista Mariano Carneiro, na festa dos 80 anos. 2) Com a filha Jane. Com netos e as filhas Elaine e Jane.
Os soldados da polícia militar Maike Sousa e Wictor Lira foram absolvidos por sentença de impronuncia pela excelentíssima Juíza de Direito da 1 vara criminal de Imperatriz, Dra Edilza Barros Ferreira Lopes Viegas, na decisão a magistrada decidiu pela impronuncia dos policiais ao tribunal do Júri, relatando que os indícios de autoria são frágeis e insuficientes para remeter os denunciados a julgamento pelo tribunal do Júri, aonde as provas contrárias as de negativa de autoria apresentada pelos réus são fracas, haja vista que nenhuma testemunha foi capaz de aponta-los como autores do crime, destaca-se o entendimento da Magistrada em que é necessário um mínimo de elementos a apontar um CIDADÃO como possível autor de um crime contra a vida, sofrendo o risco de ser levado a julgamento popular.
Segue abaixo parte da decisão judicial da absolvição dos policiais militares.
