Ex- superintendente da Seic é suspeito de envolvimento em organização criminosa.
SÃO
LUÍS – O secretário estadual de Segurança Pública, Jefferson Portela,
anunciou na tarde desta quinta-feira (22), durante coletiva de imprensa,
que o delegado Tiago Bardal, que era titular da Superintendência
Especial de Investigações Criminais (Seic), foi exonerado do cargo,
suspeito de integrar uma grande organização criminosa atuante no Estado
do Maranhão.
Segundo Portela, na noite dessa quarta-feira
(21), a polícia foi até o Quebra Pote para investigar a prática de atos
ilícitos em um sítio, pois havia informações de que chegaria no local
uma carga ilegal de whisky e cigarros. Durante a ação, os PMs abordaram o
delegado Thiago Bardal que estava transitando na área dentro de um
veículo.
No momento da abordagem, Bardal se
identificou como delegado e disse que estava com um advogado dentro do
veículo e que iria para o sítio fazer uma operação e compra e venda. Foi
quando a polícia constatou que o delegado integrava a organização
criminosa investigada, que era responsável por desviar cargas e
armamentos. Segundo Portela, Thiago Bardal seria um dos líderes da
organização, que o secretário classificou como “perigosíssima”.
“É
uma perigosíssima organização criminosa formada por policias e não
policiais. Então, o dever do sistema de segurança é tirar de circulação
essas pessoas e os objetos ilícitos que iriam alimentar uma cadeia
criminosa, com um lucro objetivado de mais de R$ 2 milhões com a venda
de objetos ilícitos. Portanto, o potencial financeiro e bélico dessa
organização nos permite afirmar que estamos diante da maior organização
criminosa surgida, nesses últimos 20 anos, no Estado do Maranhão”,
afirmou o secretário Jefferson Portela.
O
secretário da SSP informou que no sítio onde o grupo operava há um porto
privado onde era realizado o desembarque de produtos ilícitos, sendo
que dentro do sítio foram encontradas duas carretas. “No momento da
operação, durante a madrugada, várias pessoas empreenderam fuga pelo
matagal. E como houve uma traição ao trabalho de policiamento, pois
alguém ligou avisando a chegada da polícia, os tripulantes empreenderam
fuga na embarcação, certamente levando parte da carga”, explicou
Portela.
Oito pessoas foram presas durante a
operação: o ex-vice-prefeito de São Mateus, identificado como Rogério
Sousa Garcia, que seria agenciador dos atos criminosos praticados no
sítio, sendo que foi ele quem alugou o sítio no nome de uma outra pessoa
que não tem nada a ver com o crime; o major da PM, identificado como
Luciano Fábbio Farias Rangel, que seria articulador de policiais para
cobertura armada, através de milícia; o soldado da PM Fernando Paiva
Moraes Junior; o 2º sargento da PM Joaquim Pereira de Carvalho Filho;
José Carlos Gonçalves; Éder Carvalho Pereira; Edimilson Silva Macedo; e
Rodrigo Santana Mendes.
Segundo Portela outras pessoas estão sendo ouvidas e mais prisões devem ser realizadas.
Entenda o caso:
A
operação da Polícia Militar de combate à corrupção, na localidade
Arraial, no bairro Quebra Pote, teve início por volta de 21h dessa
quarta feira (22), quando foram presos integrantes de uma quadrilha
especializada em contrabando, em São Luís, entre eles alguns são
policiais militares. Segundo as investigações, o grupo estaria
transportando e fazendo segurança de mercadoria contrabandeada, como
drogas, armas e munições oriundas do Suriname.
No
trajeto ao sítio onde o grupo operava, as guarnições do Batalhão de
Choque encontraram uma S10 de cor prata sem placas, com quatro homens
dentro, com três pistolas pertencentes à Polícia Militar do Maranhão.
Ao
fazerem a revista no veículo, os PMs encontraram: 50 munições ogival
.40, 98 munições ponta oca .40, 67 munições ogival .40, 40 munições cal
380, 22 munições cal 44, seis carregadores pistola 840, quatro
carregadores de PT100, dois carregadores de pistola Glock, dois
Carregadores Ruger .40, um Carregador 24/7, três Carregadores pistola
638 cal 380, seis pistolas (três da PM), um revólver calibre 44, dois
rifles 44, duas granadas, placas de veículo OXZ3434, coletes balísticos,
diversos celulares, a quantia de R$ R$ 1.156, entre outros objetos.
Diante
dos fatos, os quatro suspeitos foram apresentados no Departamento
Estadual de Combate à Corrupção (Deccor) e depois encaminhados para a
Superintendia de Combate à Corrupção (Seccor), no bairro do São
Francisco, em São Luís.Fonte:Imirante.com

Nenhum comentário:
Postar um comentário