A prisão faz parte da Operação Revanche, que descobriu que a organização
comercializava 800 mil maços de cigarros por dia, vindos do Paraguai.
SÃO PAULO - A Polícia Federal prendeu, nesta quarta-feira (28), Roberto
Eleutério da Silva, conhecido por Lobão, suspeito de ser um dos
principais contrabandistas de cigarro do Brasil. A prisão faz parte da
Operação Revanche, que descobriu que a organização comercializava 800
mil maços de cigarros por dia, vindos do Paraguai.
As prisões de hoje foram de membros da organização nas cidades de
Umuarama (PR), São Bernardo do Campo e São Sebastião (SP), além da
capital paulista. Lobão, que já havia sido preso há 10 anos, foi
encontrado em um flat no bairro de Moema, área nobre da zona sul da
cidade de São Paulo. Todos serão ouvidos na Superintendência da Polícia
Federal em São Paulo.
As investigações apontam a existência de uma estrutura criminosa em que
Lobão era o responsável pela logística do contrabando dos cigarros
paraguaios. A carga era guardada em depósitos no centro de São Paulo
para ser posteriormente revendida em estabelecimentos e feiras de todo o
estado.
A movimentação financeira da organização criminosa chegava a R$ 22
milhões por mês, tornando-a uma das principais no contrabando
brasileiro. Apenas durante as investigações, foram feitas cinco
apreensões, totalizando 667 mil maços. Cada caixa contendo 25 mil maços
era vendida por valores entre R$ 600 e R$ 800.
Foram encontradas contas correntes vinculadas a pessoas ligadas à
organização, que atuavam como laranjas, com movimentação total de R$ 500
milhões. Empresas de fachada eram usadas no esquema. Uma nova fase da
operação vai investigar a participação de agentes públicos no esquema.
Na ação de hoje, cerca de 120 policiais cumpriram 15 mandados de prisão e
26 mandados de busca e apreensão em São Paulo e no Paraná. Os mandados
foram expedidos pela 5ª Vara Federal Criminal de São Paulo. O inquérito
policial teve início em março de 2014.
Segundo a PF, os bens dos envolvidos no crime foram bloqueados pela
Justiça Federal. Os acusados vão responder por crimes de contrabando,
corrupção passiva e organização criminosa, cujas penas variam de um a
oito anos de prisão.Fonte: imirante.com
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