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| Decisão pelo protagonismo e unidade da Câmara Municipal |
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| Vereadores pousam para foto após confirmação do resultado da eleição |
Imperatriz - O vereador Adhemar Freitas
Júnior (PSC) surpreendeu os colegas durante discurso no chamado Grande
Expediente na sessão ordinária desta quarta-feira (30) ao anunciar que estava
retirando a ação na Justiça que contestava a eleição que mantém no cargo José Carlos
Soares até 2020 e reconheceu a vitória do atual presidente. No final da sessão,
14 vereadores (maioria de dois terços) que estavam em Plenário ratificaram o
processo em votação simbólica, pondo fim à judicialização da eleição.
Adhemar Jr. entrou na Justiça com
pedido de mandado de segurança para suspender o resultado da eleição, realizada
em dezembro do ano passado, obtendo apoio de apenas outros quatro vereadores.
Ele era o nome apoiado pelo prefeito Assis Ramos (MDB), mas não chegou a
registrar a chapa no dia do pleito, preferindo ausentar-se da sessão com mais
nove outros vereadores na tentativa de obstruir a sessão e ganhar tempo para
impedir a reeleição de José Carlos, que naquele momento estava consolidada com
apenas um voto de diferença.
A judicialização do processo criou um
clima de instabilidade na Câmara Municipal e a base aliada do prefeito Assis
Ramos, dividida, perdeu força. O atual presidente ganhou novos aliados e
demonstrava tranquilidade caso a Justiça decidisse por nova eleição, prevendo
uma nova vitória com maioria absoluta dos votos.
Protagonismo
Adhemar Jr. disse que a Câmara
Municipal “vive hoje um protagonismo” no cenário político local graças ao
trabalho comandado pelo presidente José Carlos Soares, por isso decidiu
abandonar a ação e reconhecer a vitória do atual presidente, “para manter a
unidade da Casa”.
“Desde então [do ingresso na Justiça],
muitas discussões, muitas inquietações. Porém, a cidade hoje vive um momento
onde a Câmara possui um protagonismo. Um protagonismo que não pode ser deixado
de lado. Protagonismo em que a Câmara se coloca na retaguarda da sociedade de
Imperatriz. Tivemos o tema da Zona Azul, o tema recente dos professores, aonde
esta Câmara se colocou muito bem, de forma independente. E buscando essa unidade,
buscando esse entendimento, em conversa com o presidente José Carlos Soares e
em respeito à opinião dos vereadores desta Casa, aos quais tenho muito respeito
e agradeço pelo apoio à ousadia de colocar também o meu nome para essa corrida,
reconheço a maioria da votação do presidente José Carlos Soares e buscando o
entendimento, buscando que esta Casa prime pela regularidade no cumprimento de
seu Regimento Interno, reconheço a eleição do presidente José Carlos e que
pudéssemos realizar uma eleição simbólica, porém diante mão retiro meu nome de
qualquer disputa, retiro a ação judicial em busca da unidade desta Casa, em
busca do fortalecimento do Poder Legislativo de Imperatriz”, justificou o
vereador.
Sua decisão foi elogiada por vários
colegas, que viram nela “um gesto de grandeza e humildade”.
Ao final da sessão, o presidente José
Carlos conduziu a votação da “eleição simbólica”, registrada em ata, em que a
maioria de dois terços confirmou o pleito de dezembro passado.
Entenda o caso
Em 14 de dezembro de 2017 foi realizada
a eleição que decidiu, por onze votos a favor e nenhum contra, a composição da
nova Mesa Diretora para o biênio 2019/2020. O atual presidente, José Carlos
Soares, foi reeleito para o cargo – sua terceira gestão como chefe do Legislativo
imperatrizense.
A eleição havia sido antecipada através
de Projeto de Resolução aprovado pelo Plenário, que alterou a redação do artigo
18 do Regimento Interno da Casa.
A sessão da eleição foi conduzida pelo
vereador Rildo Amaral (Solidariedade), o vereador reeleito com maior votação na
última eleição. A votação nominal aconteceu após duas verificações de quórum. O
presidente entendeu que o Regimento Interno permitia a realização da eleição
com maioria simples no Plenário e conduziu o processo. Dez vereadores então
apoiados pelo prefeito Assis Ramos não compareceram à sessão.
Além de José Carlos Soares na
presidência, foram eleitos Irmã Telma (Pros), 1ª vice-presidente; Alberto Sousa
(PDT), 2º vice-presidente; Ricardo Seidel (Rede), 1º secretário; e Antonio
Pimentel (PDT), reeleito 2º secretário.
A eleição virou uma queda de braço
entre quem ganhou e quem perdeu. Em abril deste ano, exatamente a poucas horas
de encerrar-se o prazo para sua contestação na Justiça, o vereador Adhemar Jr.
impetrou um mandado de segurança na Vara da Fazenda Pública, mas a liminar
nunca foi julgada.
Texto: Carlos Gagy/Assimp
Fotos: Sidney Rodrigues/Assimp


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