quarta-feira, 3 de fevereiro de 2021

Polícia prende suspeito de matar criança indígena por asfixia no Maranhão

 


Vanessa Guajajara tinha cinco anos e foi encontrada em um córrego na região entre Buriticupu e Arame.

A Polícia Civil prendeu, na tarde desta quarta-feira (27), um homem suspeito de ter matado a criança indígena Vanessa Guajajara na Aldeia Barreirinha, na região entre Buriticupu e Arame, a cerca de 476 km de São Luís. O local pertence a Terra Indígena Arariboia.

 O crime aconteceu na última terça-feira (26) e um laudo apontou morte por asfixia com a utilização de algum instrumento, que ainda não foi localizado. Vanessa tinha cinco anos e foi encontrada pelo pai no rio Zutiua, na aldeia Barreirinha, com marcas de violência no pescoço.

 Após o crime, a polícia abriu um inquérito e cumpriu a prisão de um suspeito, com base em um mandado da Justiça. O homem, que não teve o nome revelado, foi levado para a Unidade Prisional de Santa Inês e as investigações continuam.

 Segundo as informações preliminares, a criança teria desaparecido na manhã do dia 25 de janeiro, quando estava junto de sua mãe, que teria se afastado momentaneamente para buscar água em um rio próximo a sua residência e deixado a criança brincando no chão. Logo após retornar, a criança teria desaparecido, tendo sido encontrada morta, 30 horas depois.

 A delegada de Polícia Civil Vilene Rodrigues, de Buriticupu, que comanda as investigações, esteve nesta quarta-feira (27) na região, acompanhada de investigadores, e colheu mais de quatro depoimentos.

 A mãe da criança relatou que a primeira pessoa que encontrou após o desaparecimento da menina foi um vizinho, que estava próximo da casa onde ela foi vista pela última vez. Ele foi um dos ouvidos pela polícia e segundo a delegada, pode ser um dos suspeitos.

 A mãe e o pai da criança foram ouvidos, um casal de vizinhos, e policiais militares que auxiliaram nas buscas no local onde o corpo da criança foi encontrado.

 "A criança é uma deficiente física, não andava direito, não falava. Os índios querem justiça", afirmou Érika Nogueira, que é ativista dos povos indígenas no Maranhão.

 A Polícia Federal informou que o caso não se tratava de violação dos direitos indígenas e deve ficar a cargo da Polícia Civil, que ainda não sabe a motivação do crime. Por G1 MA 

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