quarta-feira, 13 de março de 2019

Dupla ataca escola em Suzano, mata oito pessoas e se suicida


Movimentação em frente à escola Raul Brasil, onde assassinos
 mataram alunos e funcionárias — Foto: Reprodução/TV Globo
Entre as vítimas, estão alunos do ensino médio e funcionários. Ao menos 23 pessoas foram levadas a hospitais.

Estudantes se abraçam após ataque a escola de Suzano 
— Foto: Maiara Barbosa/G1
Um adolescente e um homem encapuzados mataram oito pessoas na Escola Estadual Raul Brasil, em Suzano (SP), e cometeram suicídio em seguida. Quatro dos mortos no local são alunos do ensino médio. Outros dois adolescentes foram socorridos, mas morreram no hospital. Duas das vítimas são funcionárias da escola. O ataque ocorreu por volta das 9h30 desta quarta-feira (13).

Resumo

Ataque a escola deixou 8 pessoas mortas; os dois assassinos se mataram
As vítimas ainda não foram identificadas
Os autores do crime são Guilherme Taucci Monteiro, de 17 anos, e Henrique de Castro, de 25 anos
23 pessoas foram levadas a hospitais. Entre elas, há pessoas que ficaram feridas e outras que passaram mal após o ataque
Ainda não se sabe o motivo do ataque e o vínculo dos autores com a escola
Uma testemunha disse que viu um deles com arma de fogo e outro, com uma faca

Garrafas que aparentam ser coquetéis molotov deixadas dentro
 da escola em que o massacre ocorreu — Foto: Arquivo pessoal
A PM encontrou no local um revólver 38, uma besta (um artefato com arco e flecha), objetos que parecem ser coquetéis molotov e uma mala com fios

Antes de os autores do ataque entrarem na escola, um homem foi baleado em uma loja de veículos nas proximidades. A polícia ainda apura se há relação entre os dois crimes
Um vídeo, feito por câmera de segurança, mostra o momento em que os criminosos chegam à escola. Eles estavam em um carro branco, estacionam no portão, descem e entram pela porta da frente, que estava aberta.

"Eles ingressaram na escola, atiraram na coordenadora pedagógica, atiraram numa outra funcionária. Estava na hora do lanche, eles se dirigiram ao pátio, atiraram em mais quatro alunos do ensino médio. Nesse horário, só havia alunos do ensino médio, e [os autores do ataque] dirigiram-se ao centro de línguas. Os alunos do centro de línguas se fecharam na sala com a professora e eles [criminosos] se suicidaram no corredor", disse o coronel Marcelo Salles, comandante-geral da PM.
Arco e flecha encontrado na escola em que o massacre ocorreu
 — Foto: Arquivo pessoal
O coronel Salles afirmou que, antes de entrar na escola, os criminosos balearam um homem em um lava-rápido próximo à escola. Ele passa por cirurgia na na Santa Casa de Suzano e está em estado gravíssimo.

Mais cedo, a capitão Cibele, da comunicação da PM, um carro da polícia estava a caminho desse comércio, quando passou perto da escola e ouviu gritos dos alunos. "Policiais estavam indo para esse primeiro chamado e ouviram gritos das crianças. Foram então até a escola, onde os dois criminosos acabaram se matando", disse ela.

Arsenal
Dentro da escola, a polícia encontrou um revólver 38, quatro jet luders, que são plástico para recarregamento de arma, uma besta (um tipo de arco e flecha que dispara na horizontal), um arco e flecha tradicional e garrafas que aparentam ser coquetéis molotov. Um dos autores do ataque tinha uma espécie de machado na cintura.

Mala deixada dentro da escola onde o massacre ocorreu, em Suzano; polícia
 investiga se assassinos deixaram explosivos — Foto: Arquivo pessoal
Há ainda uma mala com fios. O esquadrão antibombas fi chamado, mas a polícia ainda não informou se havia material explosivo no local.
O coronel Fábio Pelegrini, da Comunicação Social da Polícia Militar, informou que a polícia ainda divulgou se os autores do massacre têm registro de crimes anteriores.

A polícia não tem informações sobre a motivação do crime. "Provavelmente um ato que foi premeditado. Eles entraram na escola equipados, com máscara. A gente não tem ainda essa motivação, não tem a correlação do motivo e do ato feito."

Foto mostra corpo de um dos autores do massacre na
 escola Raul Brasil, de Suzano — Foto: Arquivo pessoal
Relatos de testemunhas
Rosni Marcelo Grotliwed, de 15 anos, estudante de 15 anos, disse que o ataque ocorreu durante o intervalo e que um dos criminosos tinha uma arma e outro, uma faca.

“A gente estava na merenda e comendo normal e escutamos 'três pipocos' nisso tentamos correr para pular o muro do CEL. Os caras vieram atrás de nós e começou a matar muita gente. Mas o pente dele descarregou e foi na hora que a gente correu."
Segundo ele, um dos garotos passou com faca ao seu lado, mas ele conseguiu desviar. "Fui para a diretoria e tinha muita gente morta no chão. Eles gritavam, mas eu não entendi o que era."




Merendeira da Escola Raul Brasil, em Suzano, abrigou
 alunos na cozinha — Foto: Natan Lira/G1
"

Meu amigo levou facada no ombro e outro levou um tiro. Fugi com um amigo para minha casa e voltei para buscar um amigo.”
A merendeira Silmara Cristina Silva de Moraes, de 54 anos, contou que ajudou a esconder 50 estudantes na cozinha.

“Nós estávamos servindo merenda e aí começou os 'pipoco' e as crianças entraram em pânico. Abrimos a cozinha em começamos a colocar o maior número de crianças dentro e fechamos tudo e pedimos para eles deitarem no chão", conta chorando. "Foi muito desesperador, porque foi muito tiro, muito tiro mesmo e era muito pânico".
 Por G1 Mogi das Cruzes e Suzano

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Carlos Hermes e Flamarion Amaral reassumem mandatos na Câmara de Imperatriz

 Parlamentares retornam após período à frente das secretarias municipais de Regularização Fundiária e Saúde Durante a 29ª Sessão Ordinária d...