A Câmara Municipal abriu sua Tribuna
Popular, na sessão desta quarta-feira (2), para ouvir as reivindicações e
reclamações dos trabalhadores da Praia do Cacau, a maioria proprietária
de barracas que comercializam peixe e bebidas. A proposição da
audiência foi solicitada pelo vereador José Arimatheia Ditola (PEN).
Os trabalhadores reclamam que estão
sendo prejudicados por uma medida da Prefeitura que proibiu o acesso de
veículos ao estacionamento que fica logo abaixo da rampa que dá acesso à
praia, que sempre funciona no período de veraneio. Segundo eles, a
medida tem beneficiado apenas um comerciante que alugou um antigo clube
social e o transformou em estacionamento, impedindo que carros e motos
pudessem trafegar até o começo da orla da praia.
“Parece até que eles querem privatizar a
praia”, denunciou um dos mais antigos comerciantes da Praia do Cacau, o
senhor Luís Silva. “Queremos apenas nosso direito”, protestou.
O senhor Oziel Lima de Macedo, também um
dos primeiros a instalar sua barraca na Praia do Cacau, disse que cada
barraqueiro gastou cerca de R$ 2 mil para erguer suas barracas “e agora
estão sendo prejudicados por essa medida”. “Nós só queremos trabalhar,
ali é nosso ganha pão. Pedimos a ajuda dos vereadores para resolver essa
questão”, afirmou.
O presidente da comissão do meio Ambiente da Câmara Municipal, Vereador Alberto Sousa, protestou veementemente contra a medida, que classificou
“de “perseguição aos mais humildes”.
Outros vereadores criticaram duramente a decisão tomada pela Prefeitura, através das secretarias de Trânsito e de Meio Ambiente.
Os vereadores decidiram formar uma
comissão e fazer visita de vistoria à Praia do Cacau, além de convocar
secretários municipais para dar explicações sobre a medida.



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