Decisões erradas,
como a de dar zero por cento de reajuste aos professores, tem complicado essa
gestão.
Na sessão da última terça (17), foi
apresentada indicação do vereador Aurélio (PT), onde consta pedido ao município
da concessão de nove por cento de reajuste para a categoria dos professores.
A
partir disso, foi exposta a situação da dificuldade financeira da prefeitura
por alguns parlamentares e a indagação por outros, das reais razões de isso
estar acontecendo.
Existe uma norma chamada lei do
Piso, onde o salário dos professores deve ser reajustado anualmente, dentro
de negociação que ocorre entre a categoria e a prefeitura. Mas o atual prefeito
alegando índice de gasto com folha maior que o permitido por lei, ofereceu zero
por cento de aumento.
Carlos Hermes (PCdoB) defendeu a solicitação
por achar que é uma causa justa e, mesmo que não haja mudança na decisão do
prefeito de reajustar o salário dos educadores no patamar pedido, que pelo
menos ofereça algo, pois são todos merecedores de um ordenado digno.
Chiquim da Diferro (PSB) se mostrou
contrário à indicação e disse que votaria contra por entender que cabe ao
município decidir primeiro, para só depois a discussão ser levada à Câmara,
pois segundo ele, o sindicato da educação e a gestão ainda estão negociando.
O presidente da Câmara José Carlos
Soares (PV), informou que em assembleia que aconteceu semana passada, foi
analisada a proposta de zero por cento da prefeitura e o sindicato espera abrir
outra negociação, para que o município mesmo não aceitando o que foi proposto,
ofereça outro percentual e não se inviabilize na hora de pagar.
Mas para ele
enquanto não houver admissão de erro, o prefeito será incapaz de acertar. E isso
fica aparente na sua última decisão, orientado por assessores, de chamar 500
servidores para o município, em um concurso praticamente vencido, onde em
vários setores tem cinco, seis dos novos contratados que até agora não
encontraram o que fazer.
“Se cada um desses receber 1000
reais são 500 mil por mês. Com o imposto vai para 615 mil, se for feito isso por
doze meses, a folha de pagamento será alterada em quase oito milhões de reais,
só nesta contratação. Por isso o prefeito está inviabilizando os reajustes e a
gestão. Ultrapassando tudo aquilo que a lei de responsabilidade fiscal determina.
Temos que ser realistas e falar a verdade para a população. Ele está mal
assessorado, muito mal assessorado e tanto a cidade como a maioria dos
vereadores estão percebendo.”
O vereador-presidente deixou claro
que existem inúmeras outras direções erradas que o prefeito tem tomado por
orientação de assessores, e que a câmara não tem culpa dessas decisões, pois o
interesse é ajudar o município no que estiver ao alcance da casa.
A indicação foi colocada em votação
e foi aprovada, com quatro votos contrários.
Sidney Rodrigues-ASSIMP
Foto: Sidney Rodrigues
Legenda: José Carlos: “Ele está mal
assessorado, muito mal assessorado e tanto a cidade como a maioria dos
vereadores estão percebendo isso”
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